É importante ficar um tempo só.

É importante ficar um tempo só.

Hoje eu quero falar sobre relacionamentos. Não sobre o seu comportamento de troca com outra pessoa, mas sim sobre a sua idealização implicada no seu comportamento.

Quero falar sobre aquele ditado que diz que toda panela tem sua tampa, e sobre aquela contrapartida “então devo ser uma frigideira”.

Quero falar sobre essa incessante busca por alguém (ou até mesmo algo) que nos complete.

Quero falar sobre o único relacionamento que vai ser para o resto de sua vida: você e você.

Dessa forma, falando sobre você, quero lhe perguntar: você tem comportamentos de troca e de cuidado com você mesmo?

Percebo cada vez mais um desespero relacionado à solidão, há atualmente um desejo geral de estar conectado, como se isso sanasse um desejo interno de sentir-se pertencendo a um espaço, um grupo social.

Sabemos que a cultural atual é a da vida online, que curtidas significam status e que, nem sempre o que é postado significa realidade. Na maioria das vezes, só é postado para trazer essa sensação de não estar só, de ter seguidores.

E quantas vezes as curtidas são muitas na foto (e na vida) de alguém que está sozinho em casa? Seria isso um problema?

Nada pode ser generalizado e cada indivíduo tem o seu contexto. De qualquer forma, momentos de “solidão” são necessários para a nossa construção. É necessário ficar só e se concentrar em sim mesmo, rever prioridades, objetivos e desejos. É necessário ficar um tempo só para cuidar de si. É necessário ficar um tempo só e, no silêncio, ouvir o que você mesmo tem a dizer. É necessário ficar um tempo só para se permitir gostar da própria companhia.

A vida contemporânea não nos libera para ficarmos sós, é como que uma condição estar em movimento e junto a outras pessoas, caso contrário, você pode ser taxado com algum item de uma lista enorme de transtornos. E, nessa dinâmica, nos acostumamos a olhar para o outro como aquilo que nos faltava, aquilo que nos completa. A nossa tampa.

E se pararmos para pensar na função da tampa, talvez eu prefira ser frigideira. A tampa cobre, pode até proteger, mas sufoca. A tampa impede a liberação de calor, isso pode ser bom para manter aquecido, mas se a tampa não for retirada, o conteúdo permanece preso.

Então sejamos frigideiras e que na nossa relação com o outro, que também é uma frigideira, possamos fazer parte de um prato nutritivo. Porque relacionar-se também é nutrição, é alimentar a vida com a presença de alguém que tenha nutrientes, não que seja uma caloria vazia. Que sejamos frigideiras capazes de segurar o próprio calor.

Lhe digo assim: cuide-se, se complete com você mesmo. O universo vibra na intensidade dos seus desejos e das suas escolhas, você atrai aquilo que se encontra na mesma freqüência que você. Vibre na completude, no amor próprio, na satisfação em estar consigo mesmo, até porque, se você não se sente bem quando está sozinho, talvez você não esteja pronto para estar com alguém. Vibre sendo uma pessoa inteira e, com seus defeitos, qualidades e desejos, uma pessoa completa, para que dessa forma o universo permita que você atraia pessoas assim também, e isso vale em todos os aspectos da vida (social, familiar, ocupacional, amoroso…).

Seja uma frigideira, uma panela, um pote, uma bacia, seja o que você quiser, mas não deixe que ninguém lhe tampe.

Publicado no site: O Segredo.

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